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Wednesday, May 07, 2008
  Inside those walls…
A “beleza interior” não é um mito!

Todos temos um núcleo (que chamamos “alma”) que define nosso carácter!

Como num átomo, em volta desse núcleo, há uma série de características que se desenvolvem influenciadas por ele. A esse conjunto de características chamamos “personalidade”!

Nada disto é estático, tudo vai sofrendo transformações. Claro, que, como tudo, haverá certas partes que podem ser menos estimuladas e exercitadas que outras e então sofrem um atrofio. Por exemplo, se você não se socializa pode começar a ficar com falta de auto-confiança que, consequentemente, irá torna-lo numa pessoa introvertida e envergonhada!

Quanto mais estimulada uma pessoa é, mais vigor terá se enfrentar essa situação ou acabará por ir se enfraquecendo ao fugir.
Por isso que digo que conheci uma jovem que era mais velha que a sua avó! A avó tinha mais dinâmica, mais garra que a neta, logo, era mais jovem! A juventude também está na cabeça das pessoas!

Eu acho que todas as pessoas são especiais. Todas são criaturas que Deus criou de forma única e com um potencial dentro delas para muito e, para isso, basta encontrar essa característica que os distingue dos demais e aproveitá-la!

Sempre ouvi dizer que “ninguém é tão pobre que não possa dar e ninguém é tão rico que não possa receber”. Há sempre algo de valor que você pode acrescentar na vida de outra pessoa nem que seja “emprestar seu ouvido” para ela desabafar!

Apesar de saber que a personalidade é influenciada pelo carácter, também sei que as aparências enganam! Existe muita gente que consegue moldar sua personalidade para ser uma pessoa boazinha mas, no fundo, ela deu lugar a muita coisinhas que, num piscar de olhos, podem vir a se revelar.
(Como aquelas histórias dos assassinos que todos dizem, com grande espanto, “mas ele era um vizinho tão bom!”)

As vezes é como domesticar um leão: podemos treina-lo mas ele nunca deixará de ser um animal selvagem e perigoso. Também, sempre ouvir dizer “ele é muito bonzinho mas pisa no pé e espera para ver o bonzinho!”.

Por isso, é que eu sempre digo que gosto de provocar as pessoas. Gosto de abaná-las para ver se as máscaras caem. Gosto de testá-las! (Todos fazemos isso, mas nem sempre de maneira consciente!)

“A mentira tem pernas curtas” por isso, uma pessoa pode tentar enganar os outros mas sempre deixará pistas e acabará por ser descoberta.

O grande problema é que vivemos num mundo superficial!
Ninguém leva um tempo para reflectir então as pessoas não vêm seu estado, não olham suas acções e depois não pensam nas consequências.

Essa ignorância é a causa porque as pessoas andam perdidas neste mundo. Aqueles chamados, por mim, “guerreiros sem causa”! Pessoas que adoptam uma ideia e a defendem com unhas e dentes mas não fazem a mínima ideia do que estão a fazer. Não passa de mais um modismo! Mais um caso que “todos estão a ir por ali então eu também vou!”.

Como mudamos isso? Honestidade!
Pense no que é e no que faz! Não tente se justificar e/ou culpar outras circunstâncias pelo que é! Seja honesto...
Acho que a partir daí sua consciência poderá ter uma ideia bastante razoável do que fazer!

Sugiro também ler:
I've seen angels fall from blinding heights But you yourself are nothing so divine Just next in line;
The optimism of a healthy mind is indefatigable.
 
Comments:
Boa tarde Hugo. :)

Mais uma vez passo (quase obrigado como sempre, ahaha) para tentar construir uma espécie de comentário a um dos teus posts. E mais uma vez me brindas com um belo post que os últimos parágrafos, em especial, enriqueceram.

Tens muita razão no que dizes, por vezes lutamos por algo, arduamente até, não porque esse algo seja o que queiramos mas apenas porque é desejado pela tal "maioria". Às vezes dou por mim a pensar: será que se ninguém se importasse com isto eu me importaria? Até aderir a uma causa humanitária é moda.

Isto é, de qualquer forma, algo a que nos temos de acostumar, por mais difícil que isso seja, pois com a tão falada aldeia global, para isto mesmo.

Acho contudo que estes indivíduos a que chamas "guerreiros sem causa" não são ignorantes. Acho sim, como referiste acima, que todos têm um potencial, que lhes foi conferido por Deus. Tudo está nas mãos deles. Podem aproveitá-lo ou podem enterrá-lo e seguir como a maioria. Antes da honestidade é necessário o acordar e o mais importante a vontade de ser alguém; porque ser alguém não é ser como alguém é ser como somos, porque no interior é que está a diferença capaz de tornar um clone de alguém num verdadeiro alguém.

Com toda esta conversa (e eu que carreguei no "0 coments" a pensar "que é que vou escrever?", ehehe) apercebo-me que talvez o caminho seja a margem e não o rebanho. Estranho, parece que promovo a desagregação. Mas pensando melhor, talvez não. Porque para haver desagregação (agora refiro-me a uma desagregação mental, a um traçar do nosso próprio caminho por oposição ao caminho standard) é necessário haver primeiro agregação (esta sim social) que possa dar origem (através da partilha de diferenças e quiçá de semelhanças) à tal primeira desagregação. Todo este trocadilho para a conclusão estupidamente óbvia de que é necessário valorizar a diferença para não cair no normal, no animal, na máquina, e seguir pela via humana.

Vou tentando ser honesto, embora seja difícil, cada vez mais me apercebo de que criei meia dúzia de Linos e que se calhar nem um deles é o Lino. Vou tentar lembrar-me do teu conselho: honestidade. ;)

Bem já escrevi de mais, hoje tenho as ideias confusas (ok, tentei provocar-te alguma confusão mas com a tua inteligência vais perceber tudo à primeira, haha). Abraço e obrigado pelos bons posts com que me presenteias.
 
Sobre os "guerreiros sem causa":

Na medida que as pessoas não conseguem ter o discernimento para avaliar a sua situação, a sua postura e o ambiente onde estão se inserindo, etc... eles começam a defender ideais que nem elas próprias percebem!

E, somo se sentem facilmente encurraladas nessas ideias, são bem fervorosas e agressivas quando se fala do tema!

Obrigado pelo comentário!
Tu tens sempre que tentar me dar a volta... gosto desse desafio!
 
Ola Hugo

Depois de muito, muito, muuuuito tempo, estou visitando de novo o seu blog (lembra de mim?)

(desculpe a falta de acentuacao, mas a culpa eh do teclado...)

Concordo plenamente com tudo o que voce disse. Uma pessoa pode ser moldada por fatores externos, mas nada pode mudar completamente a personalidade de alguem. Uma pessoa muito agitada ou energica pode se tornar um alpinista ou um assaltante, mas nunca deixara de ser agitada e energica (nao sei se esta bem explicado, mas eu e meu pai costumamos conversar muito sobre isso e ele sempre usa esse exemplo).

Acho que eh essa influencia externa que faz as pessoas criarem varias "personalidades", cada uma para um tipo de situacao diferente. Eh o extinto de sobrevivencia, as pessoas sao obrigadas a fingir ser algo que nao sao para poderem ser aceitas. Parte da culpa por isso eh da propria sociedade. Eh dificil ser honesto se os outros exigem de nos coisas que nao podemos ser.

Acho que ja escrevi demais... Enfim, parabens pelo seu belo texto. Um grande abraco e ate breve.

=)
 
Dando seguimento ao comentário da vitoria esewer, acho que há mais dimensões que se podem explorar para a forma como a pessoa molda a sua personalidade. Uma forma começa por dizer "dominar a personalidade" em vez de "moldar a personalidade".
Se num grupo de alpinistas, não houver um esforço para dominar a "energia", é provável que isso possa por o grupo em perigo. Nesse caso, o que é realmente mau é não moldar a personalidade.
Claro que podemos escolher estar ou não num grupo de alpinismo, mas na vida em geral, encontramo-nos em situações muito parecidas que são inevitávies (graças a Deus, ou a vida seria aborrecida e previsível).
Ou seja, penso a ideia de uma pessoa se empenhar constantemente em exprimir o seu "verdadeiro eu" é um pouco narcisista. Um culto do eu.
 
Neste post eu falo, entre linhas, do "verdadeiro eu", sim!

Falo da personalidade que vai sofrendo transformações pelos estimulos que recebe e como cada pessoa pode aproveitar seu potencial para se alguém especial, que marque a diferença...
Mas isso é um treino que pode vir a melhorar muito a pessoa mas acho que haverá sempre uma parte bastante instintiva, um “velho eu” que escondemos (mascaramos) mas que em momentos de decisão e pressão pode vir a revelar-se.
Daí a necessidade de domar, contrariar, moldar essa natureza... mas nunca a iremos dominar por completo!

“A ideia de uma pessoa se empenhar constantemente em exprimir o seu "verdadeiro eu" é um pouco narcisista”?, não! De forma alguma!
Ao que tu chamas de “narcisista” eu chamo de “honesto”.
Em oposição o que fazemos?! Vivemos uma vida de hipocrisia?!
No final, termino o texto falando: “Pense no que é e no que faz”...


(Acho que tu, Tiago, melhor que ninguém consegues ver a data do post e associar a algum episódio vivido por mim (nós) na altura.)
 
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