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Monday, February 26, 2007
  Hoje, uma jovem open-minded nos ensinou a não sermos tão by the book!
Hoje, tivemos uma aula especial.
Uma jovem professora escolheu a nossa turma para trabalhar na sua tese (acho que é essa a história). A professora (que nos dá as aulas regularmente) nos avisou que teriamos essa aula mas mesmo assim foi surpreendente.
Só sei que foi uma aula bastante diferente.

Tudo começou quando chegamos a porta da sala e estava um bilhetinho rosa colado na porta a indicar outra sala. Chegando na outra sala, encontramos uma jovem sentada na mesa da frente montando seu computador... (Os detalhes da cor do bilhetinho e da postura pouco usual já deu a entender a mentalidade jovem desta prof!)

Pois aquela jovem nos deu uma apresentação e conseguiu cativar nossa atenção.
A apresentação dela foi cheia de apartes, comentários, piadas, histórias para ilustrar situações... coisas bem diferentes daquilo que estamos habituados.

Soubemos um bocado do seu backgound: Foi aluna do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, tal como nós; estudou com o prof Óscar; foi colega do prof Raposo; ja deu aulas em Viseu; actualmente reside em Londres onde trabalha com Alan Dix (que é uma autoridade no que diz respeito a usabilidade e assuntos dessa natureza no mundo virtual).

Antes mesmo da sua apresentação acabar, eu e o resto da turma, na nossa ganância, já estavamos querendo colocar mãos a obra. “Ok, ok... Blá blá blá... Já percebemos... Agora dá cá que eu faço!”.
Compreendendo nossa ansiedade (porque tem um sentido bem aguçado voltado para as reações dos alunos), ela abrevia sua apresentação e nos faz a vontade: Nos vai dar trabalho para fazer.

Retira o material: cartolinas, marcadores e canetas de variadas cores, papéis coloridos (rosas, laranas, verdes, vermelhos, amarelos, pretos...) de diversos formatos e dimensões, tesouras, colas; coloca esse material a inteira disposição e nos pede para fazer um protótipo de baixa resolução de uma aplicação.

Atenção que isto é tudo muito simples e estavamos num ambiente bem descontraido... Mas eu, que estava ansiosissimo para começar a trabalhar com aquele material todo, juntamente com a turma toda ficamos bloqueados. Uma cambada de marmanjos a olhar para os papéis e sem ter a mínima idéia do que fazer ou como fazer.
Todos a espera que a prof saia da sala para aproveitar e perguntar uns aos outros o que que tinhamos para fazer. Mas nem isso ajudou. (Não que a prof não nos tenha deixado suficientemente a vontade para perguntarmos na sua frente ou a ela propria...mas estavamos envergonhados!)

A prof teve que nos explicar mais umas 10 vezes. Dizer para deixarmos de ter o pensamento tão formatado, dizer para outro grupo “deixar de pensar como engenheiros”... foi para outro grupo mas estavamos todos assim.

Uma tarefa que supostamente seria estupidamente fácil (e é) nós não conseguimos nem começar a fazer. Tudo porque? A prof mesmo respondeu a essa pergunta e nos mostrou nossa dificuldade: estamos só habituados a ter tarefas bem determinadas, com objectivos claros, e seguir metodologias e receitas que depois basta ter uma simples tarefa, longe daquele ambiente préviamente preparado e fechado, que não sabemos o que fazer.

Pois eu, que sou um aluno de Tecnologias de Informação e Comunicação, que estudei Artes, que tenho jeito para trabalhos manuais, etc, etc, etc.... fiquei frustradissimo comigo próprio. Acho que foi um abanão bem enriquecedor!

Agora, graças a essas 3 horas de aulas (que passaram espantosamente rápidas sem intervalo e sem lanchar nem nada) acho que já fiquei bastante enriquecido. Aprendi mais como cativar um público, como fazer uma apresentação, como desenvolver o raciocínio... tanta coisa!

Ficamos todos a ver como estavamos tão limitados na nossa mente!

Depois disso só ficamos com carência de mais doses destas. Estes abanões são muito bons! Também ficamos nos questionando que professores tivemos que as aulas eram assim com um ritmo tão vivo?! Talvez o Tim Wallis, prof de inglês?! *

Uma aula com um prof com uma postura bem descontraída, que não cria aquela distância enorme entre aluno e professor, com uma mente jovem, um bom ritmo, sem preocupações com formalismos, que nos dá desafios, nos insentiva, sabe do que está a falar... isso parecia coisas de sonho mas hoje tive uma aula assim!

Também fomos convidados por ela a participar numa conferência que ela está a organizar...
Momentos assim de conhecimento tão enriquecedor e tão compacto costuma ser em visitas de estudo, como a que fizemos a IBM... mas também é possivel haver aulas, sim! (Dá é trabalho para o prof prepará-la).

Resumindo: Foi fantástico!



[caso encontrem algum erro, não reparem pois é pura distração e o spelling do word desactivado! Não viram nada nos outros posts, né?! Isto já está assim a um tempinho...]

*: Seria injusto da minha parte, não recordar nem mencionar o prof Sérgio Maravilhas, de Metodologias em Ciências da Informação, que sempre nos motivou, estimulou, nos deu atenção sempre com um grande sorriso!
 
Saturday, February 24, 2007
  Antes e depois...
Estava a pensar, no outro dia, como o carnaval é uma data que não me diz absolutamente nada.
Sempre que digo isto, me dizem logo “ohh, mas um brasileiro a dizer isso?!”... pois é verdade!

Não há razão porque gostar do carnaval. A única razão que me ocorre é o tempo de férias que tenho nessa época.

Talvez seja engraçado fazer uma festa fantasia, com fantasias do tipo venezianas, mas isto é num ambiente “fechado”, mais restrito, com pessoas conhecidas. Um ambiente como num aniversário, uma festa de curso, talvez uma festa no trabalho porque assim podemos passar pela pessoa e pensar “quem é esta figura? Será que é aquela jovem amiga da mariazinha?”, ou então vemos o drácula a conversar com uma múmia e achamos engraçado porque achamos que o Zé está bem fantasiado de drácula... coisas assim!

Ao contrário do carnaval que é uma autêntica barbárie! Aquela multidão na rua, toda mascarada, sem propósito nenhum. Oportunidade perfeita para delinquentes. Aqui já passamos pelas pessoas e só pensamos “será que este é boa gente ou tenho que entregar a alma ao Criador agora?!”.
O clima de europeu também não ajuda as festas ao ar livre.

Quando estava no Brasil, também não gostava. Ia só sentar na mesa do segundo andar para olhar para a janela (era pequeno e não tinha altura suficiente) para ver o movimento na praça e nos campos de futebol que estavam do lado da nossa casa e ficava de lá a implicar com quem passava na rua.
No ultimo carnaval que passei lá, lembro que tinha um vizinho amigo, Bruno, que se vestiu com uns lençóis (estilo vestes árabes) mas azul claro e depois tinha uma máscara de bruxa... Estava uma fantasia muito bem feita, não era coisa feita em casa de qualquer maneira. Aquelas roupas voavam no vento e dava para destinguir bem no meio da multidão aquela bruxa porque aquele azul ajudava a sobressair mas, mesmo sabendo quem era e que era só uma máscara, me dava um medo desgraçado. Afinal eu só tinha 7 anos...

Chegamos em Portugal, em agosto de 1992, e depois das férias fui para a escola. Primeiro carnaval no país (1993) lembro pouca coisa.
Lembro que demos boléia a um ninja e a sua mãe. Algum tempo depois vejo o ninja na escola e 2 anos depois ele foi da minha turma. Reconheci o Jaime pelos olhos azuis e porque tinha a mesma mãe do ninja e depois de conversarmos confrontamos as versões e verificamos que ra ele mesmo.
A professora da escola pede para a turma fazer um desenho de como foi esse carnaval para nós (voltando a 93) e então eu desenho o que vi na rua. Agora olhando o desenho recordo-me mais ou menos de ver uma professora e a sua turma de indíos, as joaninhas e também lembro das dificuldades que tive para representar tudo. Bem, valeu a pena porque meu desenho, com minha visão de estrangeiro que ainda não se habituou ao país, foi escolhido para sair na 1ª página do jornalzinho da escola.



Eis uma foto de um exemplar que tinha aqui! (Eu guardo essas coisas. Se procurar direito também devo encontrar o jornal do "Clube do Mar" onde tem um poema meu... mas esse não sei se quero encontrar! :p)





(Lembrem-se, ao ver o desenho, que eu tinha apenas 7 anos na altura!)

 
Monday, February 19, 2007
  Leg Godt

[“Brinca bem” é o significado das palavras do titulo do post, em Dinamarquês. A junção dessas duas palavras deram origem ao nome da empresa “Lego”, fundada em 1932, por Ole Kirk Christiansen.]

Depois da pequena referência histórico-cultural, continuo escrevendo ainda um bocado sobre a infância porque parece que deixei dúvidas no último post sobre aquilo que penso.

A infância da pessoa é muito importante porque é nesse tempo que a pessoa está sendo formada e socializada. Daí vem a minha atenção especial a esse tempo.
Se esses alicerces não forem bem construidos a pessoa não será um bom adulto.

Claro que poderá fazer terapias mas, se não houver uma operação divina, o sujeito nunca passará de ser uma má pessoa. Porque as terapias irão atenuar a situação mas acho que será como domar um animal selvagem: ele sempre será selvagem e há o grande perigo de, um dia, ele nos apanhar à traição.

Digo “criminoso”?! Não, especificamente.
A pessoa pode ser pouco adaptada na sociedade por ser uma pessoa omissa (popularmente chamada de: “pessoa frouxa”). Não tomando atitudes, não se impondo naquilo que é certo. Quantas injustiças ja foram feitas porque não houve pessoas que não disseram “basta”?! ou simplesmente porque não houve pessoas que denunciaram esses casos?! A sua pacividade os torna cúmplices. Podem querer se enganar e pensar “Não tive nada a ver com aquilo! Não fui eu que fiz!” mas o certo é que se, naquela hora, tivesse tido outra atitude poderia ter evitado muita coisa.

Noutro extremo, a pessoa também pode ser um frouxo camuflado, sendo aquele que diz que faz muita coisa mas, na hora, não faz nada ou o que faz não é certo. São estas pessoas que fazem uso de títulos ou posição social como “arma” contra as outras pessoas porque sabem que sozinhos não são nada. Esta é a pior espécie porque não costuma ficar neutra mas a sua insegurança é tanta que a leva a atacar outros e/ou fazer escolhas más e precipitadas. Questões de preconceito, racismo, xenofobia e covardias, em geral, incluo neste grupo também.
Houve um tempo que eu me questionava porque certas pessoas tinham tal comportamento. Até que um dia, vendo tv, eu parei num documentário onde as especialistas disseram que quando uma pessoa é ofensiva para nós, sem razão nenhuma, isso quer dizer que ela é extremamente insegura e essa é a sua defesa: o ataque. Eu, depois disso, comecei a pensar e vi que era verdade.

Tudo isto é porque são pessoas que não aprenderam a lidar com situações e diferenças na infância. Pessoas mimadas que nunca ouviram um “não” e por isso não sabem lidar com sua frustração ou individuos que foram maltratados e não superaram traumas de infância, tendo inveja dos outros. Sujeitos mal preparados para a vida que parece que nunca ninguém lhes disse que a vida seria assim e, na realidade, ninguém deve ter dito mesmo. Isso explica seu mau juízo de valores e discernimento.
Assim, porque não houve esse periódo pleno de socialização na infância, a sociedade tenta recuperar esse tempo.

Se estas pessoas tivessem “brincado bem” na infância, hoje, não estariam assim!
 
Thursday, February 15, 2007
  “Eu não conheço nenhum canalha que tenha sido um menino feliz!”

Acabo o dia pensando nesta frase que Ziraldo, cartunista brasileiro criador do “menino maluquinho(ver imagem anexa), disse um dia numa entrevista.

Depois de um longo período sem editar nenhum post, e por isso peço minhas humildes desculpas a meus fãs, resolvo escrever um post sobre essa ideia.

Hoje, num daqueles momentos de convivência e descontração, comecei com o Miguel Ângelo (a.k.a. Tsubasa) a lembrar dos tempos felizes das nossas infâncias.

Acho que todo este assunto surgiu porque comentei, por uma razão qualquer que agora já não me recordo, que era injusto quando os professores da secundária nos diziam que não nos davam a nota máxima no 1º periodo de aulas com a desculpa que ainda não nos conheciam. Afinal eles têm que reconhecer o mérito e os resultados. Mas agora que estou na universidade vejo que antes de chegar ao ensino superior os alunos aguentam muita coisa má mesmo.

Eu, com minha mania de analisar as coisas, penso que é muito interessante olhar para as pessoas e depois imaginar a infância que tiveram. O que aconteceu naquela vida para ela se tornar naquilo que é hoje?!
Da mesma forma, olhar para crianças e jovens de hoje e pensar “Que tipo de adulto será este amanhã?”. Neste caso, as vezes tenho visões muito péssimistas.

Esta é a razão porque encontramos pessoas que não conseguem rir, conversar, cantar (mesmo que seja desafinado)... A infância infeliz explica porque no mundo há tanta coisa má.

As pessoas crescem abafadas, oprimidas, sem experiência de vida, sem rir! O resultado disto só pode ser negativo.

O prof de Ética, no outro dia, falou que alguém disse que os Estados Unidos eram mais ricos que a Russia porque lá a mentalidade é “Anseio ficar melhor que o meu vizinho!” enquanto do outro lado é “Anseio que o meu vizinho fique pior que eu!”. Isto pode não ter muita relação, mas eu acho que se trata do mesmo rancor e negativismo das pessoas.
Se temos que viver em sociedade porque não viver felizes?

Já encontrei tanto murcão na minha vida e eu tenho a certeza que não tiveram infância. Hoje são uns falhados. Aquelas criaturas que dizemos “anda no mundo por ver andar os outros!”. Isto é algo que dá para ver. Nota-se, distingue-se á distância.

Lewis Black, num dos seus stand-up’s, diz que a situação que acontece naquelas nações que fazem actos de terrorismo e que resulta em pessoas com atitudes tão desumanas é que levantam-se aqueles fanáticos com mentalidade retrograda e coração amargurado e falam “Vamos lhes fazer isto e aquilo e mais aquilo...” e do outro lado (dos ouvintes) não tem ninguém que se levante e faça “Eheheheheheheh!”, não levando a sério e rindo as gargalhadas daquela figura.

Tudo resume-se a uma criança que não ri!
Assim: criança feliz = adulto boa gente = uma boa amizade!
Observe as pessoas, junte as peças do quebra-cabeça e verifique isto!

[Com esta coisa toda nem falei sobre o blog das minhas amigas: Mary e a Debbie e o amigo Frango! Mas eu outra altura falo... quer dizer... oops...já falei! Mas depois falo mais. Também passaram as 1500 visitas e nem comentei nada! Mas eu ando muito atarefado!]
 

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