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Monday, January 04, 2010
  Follow the yellow brick road!



No filme “O Mágico de Oz” (“The Wizard of Oz”- 1939), apresenta a história de uma mocinha que “acordou” num mundo imaginário e, nesse mundo, todos buscam a solução dos seus problemas no Mágico da cidade/fortaleza chamada Oz.

Esse clássico transformou-se num sucesso pela aceitação do público e pelos seus efeitos revolucionários. Um desses efeitos magníficos foi a ilusão criada nos cenários de forma a aparentarem serem infinitos recorrendo simplesmente a iluminação posicionada estrategicamente e a paredes impressionantemente bem pintadas com a paisagem que reproduzia com exatidão a continuidade do cenário. Na prática, os atores tinham 2 metros de caminho que, se continuassem a andar pela estrada do caminho, davam de cara com a parede.

[Aviso para fã(s): este post contém spoilers do Mágico de Oz]

No musical, a personagem (que eu não me lembro do nome dela) começa a história acordando depois da sua casa ter literalmente esmagado uma fada, ao cair num mundo imaginário. Porque a fada esborrachada ficou com os pés intactos, deu para ver os sapatos vermelhos e mágicos que tinha e a mocinha da história não resiste a tentação e decide ficar com os sapatos dela (esta é a parte funesta da história).

Como quer voltar para o seu mundo, o povo, que acaba de presenciar o brutal homicidio involuntário (e bastante perturbador para o começo de um musical) seguido de furto a um cadáver, incentiva-a a abandonar a cena do crime e procurar o grande Mágico de Oz para apresentar seus problemas. Então esta deliquëntezinha (mais uma juventude conturbada) começa a sua jornada sozinha com o seu cachorrinho e no caminho, aparecem mais uns problemáticos pidões que se juntam a ela. Encontra: um espantalho, no meio de um campo de cereais “taking crap” dos corvos; um homem de lata emperrado, com o machado na mão, ao cortar lenha; e um leão que pula para cima deles miando depois de ter encaxeado a sua juba.

(Apesar do lado obscuro e criminoso da personagem ela é considerada mocinha… Quem somos nós para julgar, não é?!)


Para encontrar o querido Ozzy (Ozzy é só para os amigos), eles vão dançando de mãos dadas, saltitando e cantarolando o que têm que fazer: seguir o caminho de tijolos amarelos (ver título).


Até chegarem lá vão enfrentando uma bruxa má (acho que é um pleonasmo) que vive num castelo sujo porque ela só usa a vassoura para andar por aí, cozinha terrivelmente mal e tem uma bola de cristal para ver a vida dos outros.

A bruxa vive no meio de um exercito de macacos voadores (acho que houve até uns documentários com uma bióloga que era fã dela), é verde (é tipo a tia feia do Hulk) e se veste de preto (para distingui-la da pseudo-mocinha) e tem uma grande inveja da mocinha porque ela conseguiu uns sapatos mais bonitos que os da bruxa (coisas para além do entendimento masculino… mas também o facto da mocinha estar fazendo amigos enquanto a bruxa só tem um bando de macacos voadores também não deve ajudar muito a relação).


(Segundo o comentarista Lewis Black, os macacos voadores são da Coreia do Norte porque esse povo é que é maléfico o suficiente para ter tais criaturas).

Depois de todos os contratempos (maioria causados pela bruxa… nunca subestime uma maluca!), finalmente chegam na fortaleza (que parece ser a terra dos duendes porque todos são baixinhos, vestidos de verde e com cara de quem gosta de beber umas) e encontram, num grande salão, Oz como um grande holograma com voz de trovão mas que na verdade é um homemzinho baixinho que estava fazendo aquilo tudo com microfones, fumaça e tal (e esta parte eu gostava que fosse piada mas não é)

Claro que essa situação foi um bocado constrangedora e o pessoal só não riu do pobre homenzinho e sua triste figura porque estava em choque com essa decepção mas, para não perder a viagem, a mocinha e seus amigos decidem pedir o que querem ao Mágico-que-acaba-de-denegrir-a-sua-própria-imagem.


O leão queria coragem para deixar de miar, o homem de lata queria um coração para dar machadadas ternurentas, o espantalho acho que queria um cérebro (um Zippo é que não era) e a mocinha queria voltar para casa (mulheres são bastante concretas e o mundo imaginário enjoou ela um bocado)…

Eles podiam pedir a vontade mas receber é que já ninguém dava garantias…

Então o Mágico-que-acaba-de-denegrir-a-sua-própria-imagem só cumpre o desejo da mocinha (o velhinho mesmo depois de se expor ao ridiculo queria ver se tinha chances) mostrando a ela como fazer para voltar para casa (a história chocante dos sapatos tem uma razão de ser aqui) e, antes, recusa o desejo dos homens todos (porque as mulheres são sempre mais beneficiadas).

Qual a desculpa que ele arranja para não realizar o desejo dos marmanjos?! Eles estavam pedindo aquilo que já tinham. Por isso, para o lion man ele deu uma medalha de reconhecimento de coragem, um diploma a outro e… não me lembro mais… mas foi qualquer lembrancinha que fizesse um efeito placebo na criatura em questão.

[Acho que troquei os pedidos do homem de lata e do espantalho mas vou continuar porque isto não estraga a história para o efeito pretendido… depois quem souber comente e exclareça-nos].



Escrevi tudo isto só para dizer que muitas vezes caímos nesse erro. Desvalorizamos o que temos e pensamos que precisamos que outro nos ajude, ou que alguém faça por nós, ou que alguém reconheça isso em nós, …

Coragem, força, por exemplo, tantas vezes pensamos que não somos capazes porque não temos esses requisitos necessários mas esquecemos que se nós chegamos até aqui foi exatamente porque temos essa força e essa coragem.

Então perdemos tempo e gastamos energias procurando maneiras de conseguir ou esperando que alguém nos dê aquilo que já temos.

Talvez porque esses sentimentos/características são bastante nobres e, por isso, pensamos que está fora do alcance de simples mortais como nós…

Essa nossa insegurança nos consome, nos inibe e nos induz a erro mandando procurar coisas que estão escondidas naquele lugar que não conseguimos encontrar porque é o lugar que conhecemos menos e que é onde é mais improvável de pensarmos em ir lá procurar alguma coisa: dentro de nós!

Não perca mais tempo… viva!

Feliz Ano Novo!


 
Comments:
Feliz Ano Novo, Hugo Benjamim e leitores do HBZone.
 
Oi Hugo!!!

Eu acho que já vi esse filme e inclusive li um livro, mas não me lembro de absolutamente nada da história...

Mas eu interpretei de um jeito um pouco diferente. Acho que muitas vezes partimos em busca de algo que ainda não temos, e quando chegamos ao nosso objetivo, descobrimos que já o conseguimos durante o caminho. Sempre defendo a idéia de que não importa para aonde estamos indo, o que importa é o caminho que percorremos para chegar. É esse caminho que nos transforma e nos constrói.

(Mas esse filme é realmente muito doido)

Bjs!!!
 
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Meu blog está sendo bombardeado de propagandas! :p
 
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ola, visite meu blog nos siga e receba nossos conteudos em seu blog todos os dia !

http://ataqueid.blogspot.com/

obrigada pela atençao Ataque ID :)
 
nos te segimos esoero que nos siga tb ! http://ataqueid.blogspot.com/
 
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Adorei a análise!! rsrsrs Bem humorada e bastante perspicaz!!!
 
interessante a mensagem do filme, vlw por compartilhar essa experiência, é verdade que as vezes nos subestimamos demais... e não ganhamos nada com isso!
abraço!!
 
Post muito bom e necessário! Quase sempre tropeçamos em nossas dúvidas e barramos nosso crescimento!
 
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