Make me feel alive!
Prazer! Sentir aquela satisfação que nos faz sentir vivos!
Não sei... andei pensando nestes dias de onde vinha essa sensação.
Ainda é uma teoria que estou a elaborar mas acho que sempre que se sente uma fase tensa com um resultado que nos é favorável tem-se como resultado o prazer!
Quanto mais tensa é a fase maior é o valor do resultado para nós o que nos aumenta também o prazer que sentimos.
Isso explica os desportos radicais, como por exemplo, bungee jumping! Afinal a pessoa ao dar aquele salto tem sempre na cabeça que pode estar ali se suicidando e, no final, vê que afinal não foi desta vez.
Pensando assim, considero que o prazer é um sentimento de conquista! Alcançamos algo!
Existe aquela máxima que todos conhecem: “vive cada dia como se fosse o último!”, e logo lhe associam a busca do prazer.
Pois eu não discordo. Mas acho que as pessoas banalizaram e deturparam um bocado o sentido das coisas.
Diferencio o prazer pelo seu resultado.
Podemos estar a criar ou a destruir. Podemos ser produtivos e fazer algo proveitoso que sirva para edificação de algo (dentro de uma relação, de um projecto,...) ou podemos provocar desgraças.
Em exemplo simples: se você fez alguém se sentir bem ou se sentir mal?
A diferença dos dois é até bastante grande.
Criar é algo que demora tempo, esforço e dedicação, sensibilidade e um bocado de altruísmo (talvez). Vejamos isto como um cultivar.
Seus efeitos, geralmente, não estão sujeitos a reprovação e produzirá orgulho e irá preencher você por dentro.
Destruir algo é mais fácil. Instintivo! Selvagem até. Não precisa de muita dedicação ou tempo (só se a pessoa tiver mesmo a intenção de provocar o máximo de danos possíveis). Um agir sem olhar consequências.
O seu efeito pode ser mais imediato mas tem consequências drásticas.
Como semelhança vemos os efeitos que são marcantes, perduram e que para sempre estarão associados às pessoas que viveram esses momentos.
Essa associação pode estar só na consciência da própria pessoa mas a verdade é que estará lá e ninguém apagará.
Isto me faz pensar em como há pessoas que devem ser torturados fortemente pela sua consciência.
Já vi tantas pessoas dizerem que “são más porque gostam” e isso me trás um sentimento de pena. Que pobres são essas pessoas! Verdadeiramente dignas de pena! Tudo isso que dizem é mentira porque na realidade, elas não conseguem criar e ser uma mais-valia para o mundo e, assim, libertam suas frustrações em direcções de inocentes.
Da mesma forma olho para pessoas e consigo me alegrar com a alegria delas. Parece que sinto aquela satisfação também. Por isso que gosto muito de sorrisos verdadeiros!
Aquele prazer parece mesmo transbordar da pessoa.
Isso sim deve ser a definição de sucesso. Uma pessoa bem sucedida tem essa felicidade genuina, esse prazer que contagia os outros.
[Eu tenho tanta coisa na cabeça para escrever... eu acho que estou viciado em escrever! Mas tenho tido tão pouco tempo. Por isso a todos queria pedir desculpa, sempre que puder virei escrever mais e qualquer dia já haverá outro post aí! Comentem e, é pouco provável mas, se não nos virmos antes: FELIZ NATAL!!!]
Tomorrow Never Lies
[“Tomorrow Never Lies” era um possível título para o 18º filme do James Bond mas, graças a um erro de impressão, surgiu “Tomorrow Never Dies” que cativou tanto o estúdio que este decidiu adoptá-lo. “Tomorrow never Dies” foi lançado em 1997.]
Nota: Queria advertir que este post é um post de teor mais pessoal...
Há uns tempos atrás eu estava com saudades, lembrando meus tempos de infância e, assim, procurei na internet informações sobre um dos maiores marcos da minha vida: o Colégio de Rio Bonito.
Porém, não encontrei informações suficientes para satisfazer minha curiosidade e por isso resolvi ir ao site da cidade da minha infância lá no Brasil (
Rio Bonito) e escrever uma mensagem, na esperança desta ser reencaminhada para as pessoas certas.
Mas, não é costume dar atenção a pedidos assim porque as pessoas iriam fazer trabalho extra, etc. Por isso não fiquei muito animado e até esqueci.
Até que, dia 13 de Novembro, recebo, para meu espanto, um e-mail do Sector de Informática do Colégio de Rio Bonito, a pedido da directora Eunice (“Tia” Eunice – no Brasil, os alunos tratam os professores primários carinhosamente por “Tio(a)”. A tia Eunice foi a directora do meu tempo), me enviou um conjunto de fotos do seu arquivo onde eu estava.
Reparem bem na situação que é bem curiosa. Eu, estudei no colégio de 1989 a 1992 (dos 4 aos 7 anos) e nunca mais entrei em contacto com alguém de lá e agora, com 22 anos, com uma apresentação pouco pormenorisada (praticamente só o nome e a idade) numa mensagem deixada no site da cidade recebo fotos que foram tiradas do arquivo (do meio de tantas outras fotos com tantas outras crianças) porque eu estou nelas.
Fico admirado como o caso foi tratado com uma atenção tão individual e como eu ainda sou lembrado.
Memórias do Colégio
Um colégio que, ainda hoje, seria considerado de luxo.
Todos os alunos tinham que usar uniforme. Todos os dias, antes das aulas começarem, as várias turmas ficavam em fila no salão para cantarmos o hino nacional, da escola e receber avisos e depois, ordenadamente, cada fila seguia a professora para a sua respectiva sala.
Me lembro: dos campos; do recreio; dos animaizinhos que tinhamos
(na parte que, aqui em Portugal, é chamado pré-primária); dos brinquedos; das aulas; das festas; das professoras;... e até uns amiguinhos.
Também não podia deixar de fazer referência ao edificio.
Tinha um jardim interno com a imponente árvore; um grande salão no 2º piso onde viamos filmes e faziamos festas; a biblioteca
(que tinha uma escada muito ingrime e escura que me dava medo de subir porque, como era pequeno, os calções me prendiam os movimentos e por isso tinha dificuldades em subir os degraus – nunca disse isso a ninguém e por isso só entrei lá uma ou duas vezes com a professora); o bar; a entrada principal; a secretaria e perto dela o telefone vermelho que trabalhava com fichas;... até os bebedouros!
Resultados do Colégio
Num
post passado , eu disse que
“penso que é muito interessante olhar para as pessoas e depois imaginar a infância que tiveram [...]Da mesma forma, olhar para crianças e jovens de hoje e pensar “Que tipo de adulto será este amanhã?”.” Até continuei essa ideia no
post seguinte.
Pois é, eu fui moldado e socializado no colégio de Rio Bonito. Claro que, graças a Deus, sempre tive um lar equilibrado mas a formação estudantil começou no colégio.
O que hoje considero uma vantagem competitiva pois me alicerçou bem.
No outro dia, ao rever as avaliações minhas na escola primária aqui, em Portugal, reparei que o que as características que mais chamava atenção as professoras sobre mim era que: eu era imaginativo e bastante comunicativo sendo bem articulado no vocabulário e que eu contestava as regras.
Não acho que cheguei a ser catalogado como indisciplinado ou “o terrorista da sala” mas tinha sempre uma postura de questionar os procedimentos.
Claro, que se uma pessoa se vê integrada na organização e conhece bem a sua posição na missão desta, ela irá ter um desempenho melhor (é isso que se aprende em gestão).
O colégio me deixou acostumado a elevados padrões e uma ordem/postura própria que, chegando em Portugal, a uma escola pública foi, de certa forma, escandalizante.
Hoje em dia, penso que meu maior ponto fraco, como estudante, coincide com a minha maior vantagem: ser inteligente.
Ponto fraco: Porque permite me dar ao luxo de ser preguiçoso; e algumas vezes pode me destacar.
Vantagem: Porque sei que posso deixar os outros terem um avanço que depois com minha desenvoltura consigo alcançá-los.
Pela minha maneira de ser, bem descontraída, as pessoas não costumam me levar a sério. Aliás houve gente que pensava que eu não ia conseguir chegar ao Liceu (10º ano de escolaridade)... pois agora já posso dizer com orgulho para todos que sou finalista da Lincenciatura de tecnologias de Informação e Comunicação na Universidade de Aveiro e meu irmão é formado em economia e agora está fazendo o seu mestrado.
Beijos para todos, em especial para a Tia Eunice!