Muitas gargalhadas e uma grande aventura!
Mas que grande aventura que hoje foi!
Fomos hoje para a aula de Ergonomia de Sistemas onde tínhamos que apresentar o trabalho que eu faço referência no post anterior. A professora foi a todos os grupos ver qual era o ponto da situação e nós, como somos o ultimo grupo, ficamos para o fim. E o que estivemos a fazer nesse tempo de espera?! Jogar Worms Armageddon!! A professora até passou por nós uma vez e viu que estávamos lá, no nosso cantinho, a jogar e nos disse, na brincadeira: “_A nota da aula hoje seria um ‘E’!” e eu logo entrei na brincadeira respondendo: “_Excelente!”.
(uma pequena homenagem ao Worms!)
Chegando a nossa vez (com o Pratas presente para ligar seu portátil porque eu sem querer abaixei o ecrã e então ele desligou-se), a prof nos falou do relatório anterior e os erros que tivemos. Basicamente foram erros de distracção e cansaço (pequenos erros ortográficos, falta de pontuação…). Então a prof nos dá um prazo para entregarmos este storyboard do layout e todos os planos mas, sabendo que temos outros trabalhos, tentamos discutir a possibilidade de não entregar amanhã para evitar estas acumulações e também porque este é um trabalho que é para ser feito até ao final do ano então entregar agora algo não definitivo feito apressadamente era algo a evitar. Então o Awls começa a pensar alto dizendo: “_Vejamos entregar amanhã (dia que vamos fazer outro trabalho) ou na próxima quinta-feira um definitivo?...” eu tentei ajuda-lo na sua indecisão: “_Queres uma moeda?!”.
Argumentamos mais com a professora (tudo para evitar trabalho desnecessário!) então ela redarguiu: “_Não… nós temos que colocar estes prazos porque as vezes há alunos que aparecem sem o trabalho feito…” então eu com uma cara de indignação e espanto pergunto, apelando a sua compaixão: “_Mas professora, NÓS…?! LOGO NÓS…?!” e tento aguentar a cara. Meus colegas não conseguem manter o silêncio e desatamos a rir naquele riso contagiante (onde até a professora riu) e acabou a aula e saímos da sala todos as gargalhadas!
Chegando cá fora, estava a chover bem!
Então o Pratas me pergunta se eu queria que ele me levasse a casa de carro e assim fomos
(ainda rindo muito e ele me convencendo a escrever este episódio no blog)! A rua de Santiago, que fica entre o seminário e a residência dos estudantes, estava alagada com carros a passar com dificuldade mas, na saída da rua, o
CARRO PIFOU!
Então ficamos lá no meio de uma zona com mais de dois palmos de água! E assim ficamos mais de 20 minutos o que nos deu tempo para avaliar bem a situação. De vez em quando eu abria a janela e espetava o guarda-chuva na água para medir o seu nível.
[A razão pela qual encalhamos foi que a curva tem uma inclinação para dentro e, sem saber, o Pratas passou nesse buraco e como chegamos a um cruzamento onde não tínhamos prioridade tivemos que parar enquanto os outros carros passavam a uma velocidade considerável o que levantava ondas. Tudo isto e sabendo que estávamos num carro baixo fez com que a água subisse para o motor. E agora, reflectindo sobre o assunto, acho que posso dizer que ao ficarmos lá impedimos que outros carros caíssem no mesmo erro de passar por aquele buraco!
(E ao tirar as fotos observei que as pessoas que já estão acostumadas a passar por aquele caminho evitam aquela inclinação!) ]
Estivemos lá um tempão! O carro parecia que estava a boiar porque balançava como um barco a cada passagem dos carros. Passou por nós muitos carros que faziam ondas grandes e nós só gritávamos para eles de dentro do carro e ainda por cima ainda estávamos a rir da situação da aula então ali é que estávamos a rir mais. Estava uma jovem com guarda-chuva ali parada no passeio, relativamente perto de nós, a observar tudo alagado e eu abri o vidro: “_Queres boleia?” e ela só agradeceu rindo.
Começamos a ver que no chão do carro começava a aparecer uma poça d’água!
Ficamos naquele riso e sem saber o que fazer! O Pratas lembrou que tinha a prancha dele de bodyboard na mala… nos fartamos de rir de tudo!
O Pratas não tinha dinheiro no telemóvel e eu só tinha para uma mensagem
(por isso tínhamos que usa-la de maneira sábia) então ele dita-me uma mensagem a enviar para o primo dele a pedir que telefonasse. E eu com muita atenção para não desperdiçar a mensagem
(sendo ela um recurso tão escasso para nós naquele momento e tão necessário) escrevo e envio. Tempos depois o jovem telefona e o Pratas pede para ele trazer um jipe ou um carro alto e uma corda “_e umas botas!”
(acrescento eu) e foi explicando a situação ao primo que não estava a acreditar
(porque era mesmo uma história muito da maluca). Naquela pressão de não desperdiçar a chamada, que era a nossa esperança, o Pratas só dizia: “_Eh, man, não tas a ver o filme que aqui está! Anda cá que tu vês o que eu to a te dizer!” mas como estava a rir um bocado e assim foi difícil convence-lo.
Passaram por nós autocarros, jipes, aquela carrinha amarela da Prosegur
(que leva tudo a frente fazendo grande onda), uma carrinha com uns placares de publicidade de uns patins em linha, um jipe com um atrelado e nele um barco e a água na rua estava ao nível do barco e tudo isto fazia grandes ondas e nós dentro do carro a boiar só balançávamos e estávamos a ver que íamos bater no passeio e a ver a água no interior também a subir!
Algum tempo depois, vejo, ao medir com meu guarda-chuva, que o nível da água tinha abaixado consideravelmente e que devia estar já a um palmo e meio então sugiro ao Pratas tentar outra vez ligar o carro. Tenta “_Eh pah, num dá…” mas nem acaba de falar e o carro dá sinais de vida. Insiste mais um bocado e depois de algumas tentativas o grande KIT começou a trabalhar
(mas a fazer grande fumaceira atrás e um bocado diferente na aceleração e travagem).
SAIMOS DE LÁ, FINALMENTE!
Então ele me leva a casa e eu volto para tirar fotos!
p.s.:É preciso lembrar que estas fotos foram tiradas depois do nivel da água abaixar muito!
E agora soube que o carro... infelizmente não resistiu e teve que ir para concerto!
: 11:38 PM
