Chacina no cachaço! Um trauma!
Estou indignado! Já devem ter lido isso em algum lugar mas eu estou mais!
Tudo por causa do episódio que me ocorreu hoje na barbearia. Resumindo em poucas palavras eu posso dizer que fui lá para um simples corte de cabelo e quase acabo decapitado!
Na barbearia onde vou eu tinha um barbeiro amigo. Aquele barbeiro que íamos lá e conversávamos, que já não precisava dizer qual o corte que queria, que já dava até palpites no corte! Mas depois de muito conversar com ele (sou um rapaz falador e sociável) eu um dia pensei em perguntar o nome dele. Depois desse dia nunca mais o vi porque ele deixou de trabalhar naquela barbearia e até saiu do país!
Sendo assim, eu ainda não tenho um barbeiro de confiança e por isso estou um bocado a mercê de outros barbeiros da área que têm se revelado uns energúmenos com lâminas nas mãos (o que não é uma boa imagem para você ver indo na sua direcção!).
Então hoje fui cortar cabelo. Não estava para esperar muito por motivos vários e queria simplesmente sair dali com um corte mais prático! Estando eu a espera da minha vez, calado no meu canto, chega lá este barbeiro que já é um senhor com uma aparência de pessoa pacífica e manco. Aqui está um bom exemplo como as aparências enganam: o que é agora um velho manco indefeso num piscar de olhos torna-se um Fred Kruger!
Chegando-se a mim: “_Quer cortar já ou espera por um dos meus colegas?” e eu naquele misto de pressa e ingenuidade aceito cortar o cabelo com ele o que mais tarde revelou ser um erro terrível do qual me arrependeria amargamente!
Ao lavar a cabeça andava lá as voltas e tinha que manquejar logo ao chegar no meu olho esquerdo. Resultado?! Levei uma ensaboadela na retina que não foi brincadeira porque sempre que ali passava “zumba!” para o meu olho… Tava a ver que ia até descolorir o coitado! Na hora de secar a cabeça joga a toalha na minha cara e imprensa minha cabeça contra a pia, neste momento penso que não ia me levantar mais daquela cadeira por ter ficado com a espinha esmigalhada! Mas levantei… e assim dirigi-me para a cadeira do corte já meio desconfiado! Digo-lhe como quero que faça o serviço pensando que estava implícito não comprometer minha integridade física… outro erro!
Ao cortar o cabelo o homenzinho, que é baixo, só arranhava meu pescoço mesmo só no acto de passar o tempo e como era manco parece que ia caindo e se apoiando no meu pescoço! Se minha cabeça não estivesse bem posicionada (o que acontecia com alguma frequência) ele prontamente me dava uma dedada no crânio que quase me chegava ao cérebro. Pensava que ia sair dali com sem memória do meu nome!
Esta tortura foi só com tesoura e pente. E devo acrescentar que acho que o que era pior era o pente, por incrível que possa parecer. Até chegar a hora da navalha!
Nesta hora o meu pescoço foi raspado de maneira desumana. Este frágil ancião revelou-se um carrasco medieval! Arranhou meu pescoço de maneira a tirar todos os vestígios de epiderme e, se ficasse naquela cadeira mais tempo, ele estaria raspando os ossos da minha espinha!
Esta história é tão verdadeira que no final na hora de passar a escova na roupa e tal assim que ele reviu meu pescoço ele fez uma cara de testemunha de crime hediondo e diz-me para sentar outra vez para passar bálsamo no meu pescoço.
Acho que não preciso dizer que meu pescoço ardeu e ainda arde! Mas eu irei me recuperar!